Como uma amante do cinema, ir assistir ao filme "Mulher Maravilha" (Wonder Woman) me parecia ser a coisa mais natural do mundo, mas o que eu vi foi muito além esperado, talvez porque o filme não estivesse entre as estreias mais aguardas por mim. Mas confesso que o filme me conquistou desde as primeiras cenas. Uma mulher forte, decidida, corajosa, mas ao mesmo tempo sensível e altruísta.
Bela? sim!, mas, isso não a define, ela não é apresentada como sex simbol, cheia de curvas.
O filme apresenta em um pouco mais de 2h de duração uma discussão atual sobre o empoderamento feminino, questão tão em alta nas redes sociais, que discute o feminismo como se fosse uma conversa de bar que ganha quem fala mais alto, e que se esquece a história e as lutas ao longo de décadas de conquistas sociais. Inclusive, o filme aborda de modo bem claro os não locais femininos, como o cenário político, por exemplo. Também não poderia deixar de destacar a cena em que Diana logo após chegar a Londres é levada para comprar roupas "adequadas" e se depara com espartilhos e saias justas e não entende o porque de ter que usar tais roupas, o filme mostrar um olhar diferente, demonstrando que sim, é possível um olhar que não naturalize as convenções sociais a muito estabelecidas.
Sai do cinema encorajada. Representatividade faz diferença sim!, se tivesse assistido filmes assim na minha infância teria sido ótimo, mas fico feliz de vê-ló hoje, adulta e com maturidade para entender o que ele significa. É só um filme? sim, mas não só isso! é mais uma conquista feminina na nossa busca constante por alcançar espaços que são reservados apenas para os homens. Para as garotas fãs de super-heróis, Star Wars, desenhos e cinema assim como eu, havia a ausência de uma personagem que se destaca-se entre os tantos super-heróis.
Não poderia deixar de destacar que por trás do protagonismo feminino, marcante no filme, está a direção de de Patty Jenkins que realizou um ótimo trabalho, o filme tem fantasia, aventura, ação e romance. Tem leveza e bravura numa ótima proporção. Gal Gadot deu vida a Diana, uma personagem ingênua por ter sido criada numa ilha isolada, mas que ao mesmo tempo tem a bravura e o altruísmo para salvar o mundo.
Saí da sala de cinema feliz por ter assistido a um bom filme, e isso nem sempre acontece, principalmente quando falamos em adaptações dos quadrinhos para as telonas.

Créditos:
Direção: Patty Jenkins.
Elenco: Gal Gadot (Diana), Chris Pine (Steve Trevor), Connie Nielsen (Hipólita), Robin Wright (Antiope), Danny Huston (Luderdorff), David Thewles (Sir Patrick), Elena Anaya (Dr Maru).
Roteiro: Allan Heiberg.
Trilha Sonora: Ruper Gregson-Willians.
Produção: Deborah Snyder, Zack Snyder, Charles Roven, Richard Suckle, Geoff Johns, Rebecca Steel Roven, Jon Berg.
Diretor de fotografia: Mathew Jesen.
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