sexta-feira, 30 de junho de 2017

O HOBBIT - A Batalha dos Cinco Exércitos

O capítulo final da jornada em Terra Média mostra o fim da busca dos anões liderados por Thorin, em retornar a sua terra natal, a montanha de Erebor. No entanto, nada foi fácil no caminho dos pequenos e bravos guerreiros, pois além dos perigos enfrentados ao longo do caminho - trolls, orcs e wargs - ao chegar em Erebor, Bilbo teria que roubar a pedra Arken, e os anões deveriam enfrentar a cobiça de outros povos que visavam dominar Erebor após a saída de Smaug, e ao mesmo tempo lidar com Thorin dominado pela doença do dragão, sedento por riquezas e poder.

Os três filmes foram gravados de uma vez, mas em 2014, antes de estrear o último filme o diretor Peter Jackson resolveu mudar o nome do longa que iria se chamar O  HOBBIT – Lá e de Volta outra vez, para O HOBBIT – A Batalha dos 5 Exércitos que se tornou o nome oficial, o diretor levou em conta que a guerra entre os 5 exércitos se tornou o objeto central do filme.

Desde o início das gravações pairou no ar a dúvida se haveria enredo para contar a história em 3 filmes, mas o último filme revelou que a produção esmiuçou demais a história, mas desde o começo os roteirista, Peter Jackson, Philippa Boyens, Frances Walsh, Guillermo del Toro, utilizaram o livro de Thokien como referência, mas sem se ater a história original.
Peter Jackson tentou fazer o link entre O Hobbit e O Senhor dos Anéis o que criou algumas cenas desvinculadas do enredo central, como a cena do duelo entre Gandalf e o necromante.


A cena final em que Bilbo volta para o Condado, com uma imagem aérea, uma cena ensolarada e feliz com a música tema trás esperança ao público e passa a mensagem de que haverá paz e tranquilidade, até que tenha início uma nova jornada. A cena também serve como despedida do diretor Peter Jackson que afirmou que não irá dirigir outro longa inspirado na obra de J. R. R. Tolkien.






Trailer:





Créditos:
Direção: Peter Jackson
Ano: 2013
Duração: 3h 7min.
Elenco: Martin Freeman (Bilbo), Richard Armitage (Thorin Oakenshield), Ian Mckellen (Gandalf, o Cinzento), Orlando Bloom (Legolas), Evangeline Lilly ( Tauriel), Cate Blanchett (Galadriel), Aidan Turner (Kili), Christopher Lee (Saruman), Luke Evans (Bard), Hugo Weaving (Elrond), Andy Serkis (Gollum), Lee Pace (Re Thranduil), Manu Bennett (Azog), Billy Connolly (Dáin Ironfoot), Benedict Cumberbatch (Smaug/Necromante)
Roteiro: Peter Jackson, Philippa Boyens, Frances Walsh, Guillermo del Toro
Autor da obra original: J. R. R. Tolkien
Compositor da trilha original: Howard Shore
Produtor: Peter Jackson, Frances Walsh
Coprodutora: Philippa Boyens
Diretor de fotografia: Andrew Lesnie
Diretora de elenco: Victoria Burrows
Produção: New Line Cinema, Metro Goldwyn Mayer (MGM), WingNut Films, 3Foot7
Efeitos visuais: Weta Digital

terça-feira, 27 de junho de 2017

O HOBBIT - A Desolação de Smaug

Como fã assumida de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, resolvi fazer uma maratona e assisti aos três filmes de O Hobbit, está crítica é sobre o segundo filme da trilogia, O Hobbit - A Desolação de Smaug, e da continuidade a jornada dos anões em busca de retornar a sua terra natal que foi tomada pelo malvado dragão Smaug.

A projeção começa com uma cena anterior ao começo da aventura. A cena mostra uma conversa entre Gandalf e Thorin, Escudo de Carvalho, situando o público de como a jornada foi planejada, lembrando que no filme anterior os anões chegam a casa de Bilbo sem que ficasse claro ao espectador como todos sabiam que lá haveria uma importante reunião.

Aos fãs que gostaram do primeiro filme, o segundo filme é bem mais longo e um tanto cansativo. Em poucas palavras a direção de Peter Jackson é brilhante. As aranhas estavam ótimas e a Floresta das Trevas estava excelente e o mérito são das equipes de designer de produção, efeitos especiais, e maquiagem que alcançaram um ótimo resultado.

Graças aos avanços tecnológicos nenhum dos elementos digitais da trilogia O Senhor dos Anéis foi reaproveitada pela equipe de Peter Jackson, até porque, em apenas 10 anos houve um grande avanço tecnológico, e certamente os espectadores perceberiam a diferença, a única exceção é a maquiagem das orelhas dos elfos, e as perucas de Legolas (Orlando Bloom), Galadriel (Cate Blanchett) e Frodo (Elijah Wood).

Smaug é o dragão mais bem feito do cinema cada detalhe impecável, sem contar a "atuação" de Smaug (Benedict Cumberbatch), que se mostra inteligente, astuto e ardiloso. Chamo atenção para a quantidade de ouro guardada na montanha de Erebor, é tanta riqueza que não poderíamos culpar o dragão por se sentir atraído. Uma curiosidade sobre a produção e gravação do filme é que foi usada tanta tinta dourada para confeccionar o ouro cenográfico que acabou os estoques de tinta dourada na Nova Zelandia e foi necessário importar mais tinta da Alemanha.

Para os amantes do cinema, de filmes de ação e aventura a trilogia O Hobbit é uma ótima indicação, principalmente se for em forma de maratona.

Fonte: Internet

Créditos:
Direção: Peter Jackson
Ano: 2013
Duração: 3h 7min.
Elenco: Martin Freeman (Bilbo), Richard Armitage (Thorin Oakenshield), Ian Mckellen (Gandalf, o Cinzento), Orlando Bloom (Legolas), Evangeline Lilly ( Tauriel), Cate Blanchett (Galadriel), Aidan Turner (Kili), Christopher Lee (Saruman), Luke Evans (Bard), Hugo Weaving (Elrond), Andy Serkis (Gollum), Lee Pace (Re Thranduil), Manu Bennett (Azog), Billy Connolly (Dáin Ironfoot), Benedict Cumberbatch (Smaug/Necromante)
Roteiro: Peter Jackson, Philippa Boyens, Frances Walsh, Guillermo del Toro
Autor da obra original: J. R. R. Tolkien
Compositor da trilha original: Howard Shore,
Compositor da música-terra: Ed. Sheeran
Intérprete (músicas do filme): Ed. Sheeran
Produtor: Peter Jackson, Frances Walsh
Coprodutora: Philippa Boyens
Diretor de fotografia: Andrew Lesnie
Diretora de elenco: Victoria Burrows
Produção: New Line Cinema, Metro Goldwyn Mayer (MGM), WingNut Films
Efeitos visuais: Weta Digital

domingo, 25 de junho de 2017

O HOBBIT - Uma Jornada Inesperada

Para os amantes do cinema O Hobbit é uma trilogia que já nasceu clássico. O Hobbit – Uma Jornada inesperada foi lançada nove anos depois de O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei, último filme da saga dos Anéis. O filme é uma adaptação do livro O Hobbit de J. R. R. Tolkien.

O filme começa com Bilbo Bolseiro escrevendo seu livro de aventuras, no dia em que vai haver a sua festa de aniversário/despedida e lembra aos fãs de O Senhor dos Anéis como teve início a Sociedade do Anel, situando o público que uma nova aventura vai começar na Terra Média.

A jornada se passa 60 anos antes do início  da Sociedade do Anel, e conta a história do jovem Bilbo (Martin Freeman) que tem sua vida tranquila no Condado transformada após a visita de Gandalf, o Cinzento (Ian McKellen). Após o encontro com Gandalf, Bilbo vê sua casa invadida por vários convidados inesperados e depois de um jantar pra lá de tumultuado ele recebe um convite surpreendente para acompanhar Gandalf e treze anões em uma aventura perigosa para retomar o reino de Erebor. O jovem hobbit aceita a proposta e embarca em uma aventura pela Terra Média.

A equipe de produção, figurino e maquiagem estão de parabéns, pois conseguiram construir em cada um dos 13 anões personalidades diferentes, dando visibilidade a cada um, algo que não acontece com os orcs e trolls, por exemplo, que são todos parecidos, sendo retratados como massa e não indivíduos, com exceção dos líderes que são os únicos diferenciados.

O Hobbit – Uma Jornada Inesperada tem um excelente trabalho de design de produção, cenários, figurinos e maquiagem, tão bons quanto os realizados em O Senhor dos Anéis, e ainda avançaram com as cenas gravadas com câmeras 3D e 48 quadros por segundo, os efeitos visuais são ótimos, e podem ser conferidos nas cenas de ação. As tomadas aéreas são fascinantes, e por mais que seja de conhecimento do público que as cenas foram gravadas na Nova Zelândia, a produção é muito bem construída e faz com que o espectador se sinta na Terra Média.

Para os fãs de Senhor dos Anéis, assim como eu, é ótimo ver caras conhecidas como Gandalf, o Cinzento (Ian McKellen), Saruman (Christopher Lee), Legolas (Orlando Bloom), Elrond (Hugo Weaving), e Galadriel (Cate Blachett). A atuação de Martin Freeman como Bilbo é excelente, pois transparece as dúvidas e angustias do personagem que teve que escolher entre permanecer na sua vida pacata no Condado ou embarcar em uma grande aventura. Richard Armitage também não passa despercebido como Thorin, o personagem tem o peso de ser um jovem herdeiro do trono dos anões que quer retomar a sua terra e devolver o lar ao seu povo. Thorin tem coragem e honra como um verdadeiro rei.


O retorno de Andy Serkis como Gollum surpreende e cativa os fãs de Senhor dos Anéis, alias as cenas que remetem a saga do Anel e fazem o link com a primeira trilogia são excelentes para ajudar a construir o universo Terra Média.


Créditos:
Nome original: The Hobbit - An Inexpected Journey
Direção: Peter Jackson
Ano: 2012
Duração: 3h 2min.
Elenco: Ian McKellen (Gandalf, o Cinzento), Martin Feeman (Bilbo), Richard Armitage (Thorin Oakenshield), Ken Stott (Balin), Graham McTavish (Dwalin), Willian Kircher (Bifur/Tom Troll), James Nesbitt (Bofur), Stephen Hunter (Bombur), Dean O’Gorman (Fili), Aidan Turner (Kili), John Callen (Oin), Peter Hambleton (Gloin/Willian Troll), Jed Brophy (Nori), Mark Hadlow (Dori/Bert Troll), Adam Brown (Ori), Ian Holm (Bilbo Bolseiro – idoso), Elijah Wood (Frodo Bolseiro), Hugo Weaving (Lord Elrond).
Roteiro: Peter Jackson, Philippa Boyens, Frances Walsh, Guilherme del Toro.
Obra original: J. R. R. Tolkien
Compositor da Trilha sonora: Howard Shore
Produtores: Peter Jackson, Frances Walsh, Philippa Boyens, Toby Emmerich, Carolyn Blackwood
Diretor de fotografia: Andrew Lesnie
Efeitos especiais: Weta Digital, Weta Workshop
Produção: New Line Cinema, Metro Goldwyn Mayer (MGM), WingNut Films, 3Foot7, Weta Digital, WARNER BROS.

sábado, 24 de junho de 2017

Um Tio Quase Perfeito

Assistir ao cinema nacional é sempre uma grande surpresa. Bom mesmo é quando um filme nacional nos surpreende positivamente, foi isso o que aconteceu quando assisti Um Tio Quase Perfeito, comédia nacional estralada por Marcus Majella, Ana Lúcia Torre e Letícia Isnard.

O filme conta a história de Tony (Marcus Majella), um malandro trambiqueiro, que adora se disfarçar para ganhar dinheiro de inocentes, e sempre conta com a ajuda da mãe nos seus pequenos golpes. Eles estão sempre sem dinheiro e acabam sendo despejados, tendo como única saída para não ficar na rua pedir a ajuda de Ângela, irmã de Tony , com quem não falam a  anos. Eles convencem Ângela (Ângela Isnard) a deixa-los na sua casa tomando conta de seus três filhos, Patrícia (Jullia Svacinna), João (João Barreto) e Valentina (Sofia Barros), enquanto viaja para fora da cidade. O roteiro conta a história de Tony, que é forçado a cuidar dos sobrinhos, o que vai ocasionar varias confusões, até que o personagem de Marcus Majella passa por um processo de transformação e autoconhecimento que o torna uma pessoa melhor.

O filme também aborda o papel da escola no desenvolvimento infantil. O personagem Tony demonstra ter uma visão ingênua, quase infantil da realidade, que fica evidente na sua forma torta de dar limite aos sobrinhos: “É coisa que morre? Se não é coisa que morre, então pode”.

O roteiro é uma formula já conhecida e em alguns poucos momentos nos faz lembrar o filme Uma babá quase perfeita (estrelado por Robin William), mas a direção de Pedro António produziu um filme com uma história muito bem contada, uma comédia leve, alto-astral, perfeito para assistir em família. Um Tio Quase Perfeito deixa claro que não é necessário criar uma formula inovadora para produzir um bom filme. Saí do cinema feliz por ter assistido a uma ótima comédia nacional.


Crédito:
Duração: 96 min.
Diretor: Pedro António
Elenco: Marcus Majollo ( Tio Tony), Ana Lúcia Torre (Cecília), Letícia Isnard (Ângela), Jullia Svacinna (Patrícia), João Barreto (João), Sofia Barros (Valentina).
Roteiro: Leandro Muniz, Sabrina Garcia, Rodrigo Goulart.
Produtores: Erica Lootty, Mariza Leão, Camila Medina.
Produção: Morena Filmes.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

FRANTZ

Filme francês, dirigido por François Ozon. É um belo e poético filme. A história se passa em uma pequena cidade alemã logo após a Primeira Guerra Mundial, e conta à história de Anna (Paula Beer), noiva de Frantz, um soldado alemão que morreu na guerra, ela mora com os pais do noivo que a tratam como filha. Todo dia Anna vai ao túmulo de Frantz chorar pela sua morte, um dia ela encontra um “estrangeiro” visitando o túmulo de Frantz.

O estrangeiro que presta homenagem ao túmulo de Frantz é o francês, Adrien (Pierre Niney). A presença de um francês na pequena cidade alemã causa um enorme desconforto entre os moradores da pequena cidade que ainda sofrem o luto dos jovens soldados que morreram na guerra. Adrien se apresenta a família de Frantz como seu amigo, demonstrando ser possível uma amizade franco-germânica entre os dois países.

A presença de Adrien muda a dinâmica na família de Frantz, se não lhes devolve a alegria ao menos lhes conforta a perda do filho, ao ver tantas semelhanças entre ele e o jovem Frances que demonstra ter os mesmos gostos pela arte, música, poesia. A primeira parte do filme tem um clima de mistério (certo ar de erotismo) por trás das intenções de francês, recurso narrativo que serve para prender a atenção do público.

Na segunda parte do filme, há uma sucessão de reviravoltas surpreendentes, Anna descobre que todas as histórias contadas por Adrien nunca existiram, mas a sua presença já havia transformado a vida da pequena família de Frantz. Estimulada pela família Anna vai a França encontrar Adrien, e percebe os ressentimentos deixados pela guerra sob o ponto de vista francês, com uma clara rejeição aos alemães o mesmo sentimento que Adrien enfrentou em território alemão.

Anna faz sua viagem de acordo com os relatos das cartas de Frantz, o mesmo hotel, frequenta os mesmos lugares, mas tudo lhe causa um estranhamento, pois as coisas não são como ela havia imaginado. O filme foi dirigido com enorme sensibilidade, a escolha pelo preto e branco não é apenas estética, mas ajuda a construir a narrativa de forma poética, e discute temas atuais como tolerância e perdão.  O filme é uma ótima indicação para as pessoas que quiserem entender um pouco mais sobre o pós-primeira grande guerra na Europa.



Créditos:

Direção: François Ozon
Elenco: Pierre Niney (Adrien), Paula Beer (Anna), Ernst Stötzner (Hoffmeister), Marie Gruber (Magda), Johann von Bülow (Kreutz), Cyrielle Clair (Mãe de Adrien), Alice Lencquesaing (Fanny)
Roteiro: François Ozon
Autor da obre original: Ernst Lubitsch
Trilha sonora: Philippe Rombi
Produtores: Eric Altmayer, Stefan Arndt, Uwe Schott
Produção: Mandarin Cinéma
Co-produção: X Filme Creative Pool

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Baywatch: SOS Malibu

O filme é uma excelente comédia para adultos. Baseado na série de TV S.O.S Malibu que foi exibida entre 1989 e 2001. Baywatch conseguiu produzir um conteúdo divertido, bem humorado, com tiradas atuais, sem deixar de homenagear os protagonistas da série original.

Mitch Buchannon (Dawayne Johnson) é um dedicado salva-vidas e coordena sua equipe de forma rigorosa, certo dia, recebeu a ordem de abrigar em sua equipe o campeão olímpico de natação Matt Brody (Zack Efron), um personagem parecido com o nadador Ryan Lochte da ficção. Brody parece não se encaixar na equipe, impulsivo e preocupado consigo mesmo, ele sofre até se encaixar ao perfil da sua equipe que conta com C.J (Kelly Rohrbach), Stephanie (Ilfenesh Hadera), Summer (Alexandra Daddario) e Ronnie (Jon Bass).

Dwayne Johnson e Zack Efron formaram uma excelente dupla na telona. Kelly Rohrbach ao estilo Pamela Anderson, com câmera lenta e biquíni cavado, construiu um personagem com personalidade própria. Vale ressaltar que os personagens femininos apesar de usarem e abusarem da sensualidade, destacam-se pelo protagonismo profissional, atuando muito bem nas cenas de salvamento.

O filme é uma comédia para adultos, com cenas de aventura e investigação. Priyanka Chopra como a vilã Victoria Leeds pesou a mão na construção da personagem e destoou um pouco do filme.


A ideia de que ser um salva-vidas é muito mais do que saber nadar bem é enfatizada no filme, ressaltando outras qualidades como coragem, persistência e saber trabalhar em equipe. O filme tem uma boa fotografia, as cenas de salvamento foram bem produzidas. A presença de David Hasselhoff e Pamela Anderson faz uma boa homenagem aos protagonistas da série original. O filme se destaca pela química dos atores em cena, tornando um bom entretenimento para  quem adora ir ao cinema.



Créditos:
Diretor: Seth Gordon
Elenco: Dwayne Johnson (Mitch Buchannon), Zack Efron (Matt Brody), C.J (Kelly Rohrbach), Stephanie (Ilfenesh Hadera), Summer (Alexandra Daddario), Ronnie (Jon Bass), Priyanka Chopra (Victoria Leeds), Yahya Abdul-Mateen (Sgt. Ellerbee)
Roteiro: Damian Shannon, Mark Swift
Trilha sonora: Chistipher Lennertz
Produtores: Douglas Schwartz, Beau Flynn, Ivan Reitman, Michael Berk, Gregory J. Bonann, Eli Roth, Tom Pollock
Produção: The Montecito Picture Company, Skydance Productions, Uncharted Territory, Paramount Pictures

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Selma: Uma luta pela igualdade

O filme Selma é uma biografia de Martin Luther King, mas ao invés de privilegiar o Martin Luther King inabalável, virtuoso, bom pai, bom marido, o filme aborda-o como um político, estadista, um militante movido pela razão.

O filme começa mostrando Luther King ganhando o prêmio Nobel da Paz, essa cena inicial é importante, porque o filme aborda o respeito que a imprensa, políticos e autoridades tinham pelo Luther King e por trás desse respeito estava o prêmio Nobel, nenhum outro militante dos diversos movimentos negros que existiam tinham o mesmo respeito que Martin Luther King havia conquistado.

Oficialmente a segregação racial acabou nos Estados Unidos, em 1964, assinada pelo então presidente Lyndon Jhonson, mas na prática a população negra continuava enfrentando problemas como altas taxas de analfabetismo, desigualdade social, extrema pobre e sem direitos políticos sendo impedida pelas autoridades brancas de se inscreverem como eleitoras, sendo submetidas a perguntas grotescas e desnecessárias que tinha a clara intenção de impedir a população negra de se tornar eleitora.

Como ativista Martin Luther King continuou sua luta pela igualdade real entre as pessoas, o filme aborda que ele tinha acesso diretamente ao presidente, com quem discutia a proposta de criar uma Lei que pusesse em prática a igualdade entre todos os americanos. Diante da recusa do presidente Jhonson, Luther King decidiu ir à cidade de Selma, que fica no estado do Alabama, condado de Dallas, onde havia uma enorme resistência branca em conceder o direito de voto da população negra.
O filme mostra a importância da cobertura da imprensa para que a marcha de Selma ganhasse a comoção popular, a violência com que as autoridades brancas trataram as pessoas negras que participaram da marcha provocou o apoio de grande parte da população que até então não haviam se posicionado.

O filme mostra que o apoio da imprensa a Martin Luther King foi importante para as conquistas do movimento negro. A marcha de Selma a Montgomeri, capital do Alabama, ganhou o apoio da população branca que saiu de diversos lugares dos Estados Unidos para participar da Marcha, e forçaram o presidente Lyndon Jhonson a propor o projeto de lei para garantir a igualdade entre toda a população americana.

A atuação de David Oyelowo como Martin Luther King é excelente, ele construiu um personagem inteligente, racional, que não se exalta em seus discursos, e divide as decisões com seus companheiros apesar do respeito que todos têm por ele. Também destaco a atuação de Carmen Ejogo como Coretta Scott King que contracena muito bem com Oyelowo. O filme emociona em diversos momentos, trazendo ao expectador a violência que a população negra teve que enfrentar até conquistar o seu direito a uma igualdade real.


O filme não aborda até a morte de Martin Luther King, mas o medo de sofrer um atentado é constante em toda a trama, e monstra um Luther King ciente de suas ações, que não recuou em seus atos por medo da morte. O filme usa imagens reais que dão uma emoção a mais ao filme, a música Glória de John Legend dá um tom emocionante as imagens da marcha.


Crédito:
Diretora: Ava DuVernay
Ano: 2014
Duração: 128 min.
Elenco: David Oyelowo (Martin Luther King Jr.), Tom Wilkinson (Presidente Lyndon Johnson), Carmen Ejogo (Coretta Scott King), Giovanni Ribise (Lee C. White), Lorraine Toussaint (Amelia Boynton), Common (James Bevel), Alessandro Nivola (John Doar), Cuba Gooding Jr (Fred Gray).
Roteirista: Paul Webb
Produtores: Dede Gardner, Oprah Winfrey, Jeremy Kleiner, Christian Colson
Director de fotografia: Bradford Young
Produção: Celador Films, Harpo Films, Pathé, Plan B Entertainment, Cloud Eight Films.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Um Limite Entre Nós

O filme Um limite entre nós é um desses filmes que justificam o porquê do cinema ser considerado a Sétima arte. O roteiro foi adaptado da peça teatral escrita por August Wilson. A atuação de Viola Davis e Densel Washiton se completa de uma forma brilhante.

Se pudesse resumir o filme em uma palavra, essa seria “belo”. O roteiro aborda uma família afro-americana na década de 1950. O preconceito aparece de modo sintomático no filme, marcando presença no rancor que o personagem Troy Maxson (Denzel Washington) alimenta, por não ter se tornado jogador de baseball profissional, o rancor alimentado por Troy permeia a relação que ele estabelece com o filhos, Lyons e Cody. Lyons quer ser músico enquanto Cody sonha em ser um jogador de futebol americano e ganhar uma bolsa de estudos para a faculdade, ambos enfrentam a resistência do pai que se mostra cético com relação às oportunidades de crescimento profissional da população negra.

 O filme se passa na década de 1950, pouco após o termino da Segunda Guerra Mundial, e destaca a falta de oportunidades e o preconceito enraizado nas relações sociais. As primeiras cenas do filme dão ritmo à trama. As cenas iniciais mostram uma conversa entre Troy Maxson (Denzel Washington) e Jim Bono (Stephen Henderson) amigos há décadas, e conversam sobre o trabalho como catadores de lixo, pois enquanto os negros ocupam a função de catador, os brancos, são encarregados da função de dirigir os caminhões de lixo, a conversa é principalmente sobre a falta de oportunidades para as pessoas de cor, por mais que elas demonstrem capacidade para a vaga em questão.

Contudo, limitar o filme ao preconceito seria reduzir o roteiro e a peça que originou o filme. Os conflitos que ocorrem entre os personagens envolve uma visão antiquada e machista, em que homem é o senhor da casa a quem todos devem respeitar e servir. Como ator, Denzel Washington, desenvolve um excelente trabalho, constrói um personagem boa praça e carismático para depois desconstrui-lo, e torna-lo o oposto, revelando sua forma torta de ver a vida.

Não poderia deixar de destacar a atuação de Viola Davis. A personagem Rose Maxson cresce junto com a trama, se mostrando uma mulher forte, que encara a vida com resiliência, principalmente após descobrir a infidelidade do marido. Viola Davis fez por merecer o Oscar de melhor atriz coadjuvante.
Denzel Washington como diretor apresentou o filme sob uma perspectiva pouco hollywoodiana, com poucos enquadramentos de câmara que provoca um estranhamento  no público, mas que o torna pouco convencional. A última passagem de tempo é um pouco brusca e surpreende o público, mas a cena final encerra o filme de forma encantadora.

Historicamente situado, o filme retrata a década de 1950, conhecida como a década de ouro americana, pela perspectiva de uma família afro-americana, um olhar ainda incomum, mas que marca seu espaço na produção cinematográfica.



Crédito:
Diretor: Denzel Washington
Elenco: Denzel Washington (Troy Maxson), Viola Davis (Rose Maxson), Stephen Henderson (Jim Bono), Russel Hornsby (Lyons), Mykelti Williamson (Gabriel), Saniyya Sidney (Raynell), Jovan Adepo (Cory).
Roteiro:  August Wilson
Autor: August Wilson
Produtor: Scott Rudin, Denzel Washington, Todd Black
Diretora de fotografia: Charlotte Bruus Christensen
Produtora: Paramount Pictures, Bron Studios, Scott Rudin Productions

domingo, 11 de junho de 2017

A MÚMIA

O filme estrelado por Tom Cruise é uma adaptação ao roteiro  do filme A Múmia lançado pela Universal Pictures em 1932. Há uma adaptação do mesmo filme lançada em 1999, estrelada por Brendan Fraser (Rick O’Connell) e Arnald Vosloo (Imhotep/A Múmia), esta versão é mais familiar ao grande público. A nova versão de A Múmia faz parte de um projeto da Universal Pictures, Dark Universe. Esse projeto pretende relançar os clássicos filmes de terror lançados pelos estúdios da Universal Pictures na década de 1930, como Drácula, Frankstein, Lobisomem, e vários outros, embarcando na atual tendência hollywoodiana de franquias e universos compartilhados, trazidos por editoras de quadrinhos que se tornaram estúdios, como a Marvel e a DC, a Universal Pictures pretende se inserir nesse segmento recriando todos os seus monstros através de histórias conectadas, começando por A Múmia.

Então, vou escrever um pouco sobre as minhas impressões sobre o filme. O enredo inicial do filme pega um gancho com a atual crise no Oriente Médio, a ocupação do território do Iraque por grupos extremistas, como o Estado Islâmico, e a destruição de monumentos arquitetônicos do mundo antigo considerados patrimônios culturais da humanidade, como também aborda o tráfico de artefatos arqueológicos no mercado ilegal, nesse ponto senti falta de um zelo maior com a parte arqueológica, apesar de ser um momento relevante para o enredo, porque é quando surge a forte ligação entre a Múmia/Ahmanet (Sófia Boutella)e Nick Morton (Tom Cruise). Algumas cenas lembram muito os filmes de ataques zumbis, o que sinaliza que os filmes Dark Universe seguem a tendência dos filmes mais atuais. Um ponto que chama atenção é que o Egito não aparece no filme, as cenas se passam entre as areias do Oriente Médio e as ruas de Londres.

A escolha de a Múmia ser uma mulher e não um homem, como na versão original de 1932 mostra um olhar atento com relação ao atual debate a respeito da representatividade feminina, que aparece bem representado no filme, já que Sofia Boutella interpreta muito bem Ahmanet, uma princesa treinada para ser a Rainha do Egito e que após ter sua sorte mudada, resolve reivindicar seu próprio destino.  O desfecho final da o arremate para os próximos longas do Dark Universe, ressaltando que o filme já conta com a presença de Russel Crowe, como Dr. Henry Jekill, que interpreta a versão atual de O Doutor e o Monstro. Então, vamos aguardar as próximas estreias do Dark Universe.

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Créditos:
Direção: Alex Kurtzman
Elenco: Tom Cruise (Nick Morton), Sofia Boutella (Ahmanet/A Múmia), Annabelle Wallis (Jenny Halsey), Russel Crowe (Dr. Henry Jekyll).
Roteirista: David Koepp, Christopher McQuarrie
Trilha Sonora: Brian Tyler
Produtores: Alex Kurtzman, Chris Morgan, Sean Daniel
Produtor Executivo: Roberto Orci

Produção: Universal Pictures

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Mulher Maravilha

Como uma amante do cinema, ir assistir ao filme "Mulher Maravilha" (Wonder Woman) me parecia ser a coisa mais natural do mundo, mas o que eu vi foi muito além esperado, talvez porque o filme não estivesse entre as estreias mais aguardas por mim. Mas confesso que o filme me conquistou desde as primeiras cenas. Uma mulher forte, decidida, corajosa, mas ao mesmo tempo sensível e altruísta.

Bela? sim!, mas, isso não a define, ela não é apresentada como sex simbol, cheia de curvas.

O filme apresenta em um pouco mais de 2h de duração uma discussão atual sobre o empoderamento feminino, questão tão em alta nas redes sociais, que discute o feminismo como se fosse uma conversa de bar que ganha quem fala mais alto, e que se esquece a história e as lutas ao longo de décadas de conquistas sociais. Inclusive, o filme aborda de modo bem claro os não locais femininos, como o cenário político, por exemplo. Também  não poderia deixar de destacar a cena em que Diana logo após chegar a Londres é levada para comprar roupas "adequadas" e se depara com espartilhos e saias justas e não entende o porque de ter que usar tais roupas, o filme mostrar um olhar diferente, demonstrando que sim, é possível um olhar que não naturalize as convenções sociais a muito estabelecidas.

Sai do cinema encorajada. Representatividade faz diferença sim!, se tivesse assistido filmes assim na minha infância teria sido ótimo, mas fico feliz de vê-ló hoje, adulta e com maturidade para entender o que ele significa. É só um filme? sim, mas não só isso! é mais uma conquista feminina na nossa busca constante por alcançar espaços que são reservados apenas para os homens. Para as garotas fãs de super-heróis, Star Wars, desenhos e cinema assim como eu, havia a ausência de uma personagem que se destaca-se entre os tantos super-heróis.

Não poderia deixar de destacar que por trás do protagonismo feminino, marcante no filme, está a direção de  de Patty Jenkins que realizou um ótimo trabalho, o filme tem fantasia, aventura, ação e romance. Tem leveza e bravura numa ótima proporção. Gal Gadot deu vida a Diana, uma personagem ingênua por ter sido criada numa ilha isolada, mas que ao mesmo tempo tem a bravura e o altruísmo para salvar o mundo.

Saí da sala de cinema feliz por ter assistido a um bom filme, e isso nem sempre acontece, principalmente quando falamos em adaptações dos quadrinhos para as telonas.


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Créditos:
Direção: Patty Jenkins.
Elenco: Gal Gadot (Diana), Chris Pine (Steve Trevor), Connie Nielsen (Hipólita), Robin Wright (Antiope), Danny Huston (Luderdorff), David Thewles (Sir Patrick), Elena Anaya (Dr Maru).
Roteiro: Allan Heiberg.
Trilha Sonora: Ruper Gregson-Willians.
Produção: Deborah Snyder, Zack Snyder, Charles Roven, Richard Suckle, Geoff Johns, Rebecca Steel Roven, Jon Berg.
Diretor de fotografia: Mathew Jesen.

Uma Noite de 12 anos

“Uma noite de 12 anos” (2018) filme de Álvaro Brechner. Uma  produção Argentina, Uruguaia e Espanhola, aborda o período em que José Mujic...