“Ele está de volta” (2015) é um filme baseado no best-seller do autor alemão Timur Vermes. Dirigido por David Wnendt. O longa responde a pergunta, “se Hitler voltasse a terra hoje, século XXI, como seriam aceitas as suas ideias?” No filme Hitler aparece próximo a um conjunto habitacional, no lugar onde ficava o Bunker onde ele morreu em 1945. 70 anos depois da sua morte ele reaparece e encontra uma Alemanha completamente transformada, será que ainda existe espaço para os seus ideais?
Após aparecer sem nenhuma explicação e pensando estar em 1945, Hitler encontra um produtor e cineasta que lhe leva para trabalhar na TV, e passa a ser considerado como um humorista ao defender suas ideias. Enquanto Hitler e o produtor Sawaski gravavam o piloto para oferecer o programa ao canal de TV, Hitler circula pela Alemanha e conversa com pessoas que parecem concordar com suas teorias, poucas pessoas parecem se opor as suas ideias, a grande maioria se mostra incomodada com o crescimento do número de imigrantes.
Ao se apresentar no programa de TV todos parecem achar graça das afirmações de Hitler, e ele se torna uma celebridade midiática. Todos parecem gostar dele apesar de não levarem suas ideias muito a sério. Mas surgem os que parecem concordar com suas afirmações e demonstram simpatizar com as ideias defendidas pelo antigo Partido Nacional Socialista, de que “a democracia precisa de alguém para dar a palavra final. Ponto final. Acabou a discussão”. Contudo, a existência de alguém que dê a palavra final, descaracteriza a democracia como forma de governo, e passa a ser uma ditadura.
Após ser demitido da emissora de TV, devido a denúncia de maus tratos aos animais, Hitler escreve um livro contando sobre a sua experiência no século XXI que se torna um best-seller e ganha uma versão cinematográfica.
O filme ganha um tom mais sombrio quando Hitler é reconhecido por uma idosa que sofre de Alzheimer, em um momento de consciência ela lembra a face perversa do Nazismo e o genocídio dos Judeus.
Hitler é agredido por dois jovens neonazistas e, ironicamente, se torna um mártir do direito a democracia. Sawaski descobre que Hitler não é apenas um ator que nunca sai do personagem, e passa a acreditar que ele é o verdadeiro Hitler, ao confrontar o Führer Sawaski descobre a verdadeira face do mal. O filme é uma combinação de ficção e documentário e é no mínimo preocupante perceber que as ideias de Hitler estão vivas e que se reproduzem na Europa, no mundo, e o Brasil não está livre disso.
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