quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O Mistério do Relógio na Parede

Dica de filme
“O mistério do relógio na parede” é um filme de Eli Roth, consagrado pela direção de filmes de terror como “Albergue” e “A Cabana do Inferno” Eli Roth acertou em cheio na adaptação da literatura infanto-juvenil de John Bellairs. O filme conta a história do jovem Lewis Barnavelt (Owen Vaccaro) que após perder os seus pais em um acidente de carro é obrigado a morar com tio Jonathan (Jack Black), em Michigan. O tio é divertido, mas muito misterioso e sua casa é digna de filmes de terror, com brinquedos tenebrosos e móveis vivos. Na vizinhança a casa é conhecida como mal assombrada. Sra. Zimmermann (Cate Blanchett) é vizinha e amiga do tio e se torna quase uma mãe para o jovem Lewis, ela e o tio estão sempre conversando em segredo até o jovem descobrir que os dois são feiticeiros. Logo, Lewis descobre que das paredes da casa saem um barulho ensurdecedor quase impossível de ser silenciado, o mistério do som emitido pelas paredes foi deixado pelo antigo dono da casa, um feiticeiro muito poderoso e muito perverso.  O filme tem elementos de terror explícito capazes de abranger ao público de qualquer idade, o traço humorístico de Jack Black oferece o contraponto entre uma cena e outra. O filme se passa em 1955, e o contexto de pós Segunda Guerra Mundial ajuda a contar a história. A direção de arte está de parabéns pelo cenário e figurino. O filme como um todo é muito bom ser assistido.




sábado, 22 de setembro de 2018

Crô em família

Dica de filme
"Crô em família" (2018) é estrelado por Marcelo Serrado, direção de Cininha de Paula, e roteiro original de Aguinaldo Silva. O personagem Crô foi coadjuvante na novela Fina Estampa de Aguinaldo Silva em 2010, em 2013 virou filme. E agora retorna as telonas sem referências ao primeiro longa. Neste filme o ex-mordomo abriu sua própria escola de etiqueta e finesse, no entanto, o personagem está sozinho e carente devido ao fim do segundo casamento e perda da cachorrinha que ficou com o seu ex-marido. No momento em que o personagem passa por uma situação carência e vulnerabilidade, chega a sua casa pessoas que dizem ser sua família biológica e ele os acolhe e passa a ensinar regras de etiqueta confiante de que encontrou a sua família, contudo, a sua mãe Marinalva interpretada por Arlete Sales só demonstra estar interessada no seu dinheiro. Como antagonista Crô enfrenta a blogueira Carlota Valdez (Monique Alfradique) que faz de tudo para descobrir e publicar a sua vida pessoal. Crô é cercado por fiéis escudeiras, Almerinda (Rosi Campos), Geni (Jefferson Schroeder), e Magda (Mary Sheila). O filme tem um roteiro simples e muitas referências as novelas de Aguinaldo Silva, como "Mulheres de areia", o filme tem a participação de Preta Gil e Pablo Vitar (que não acrescenta nada a história). No fim, literalmente a última cena, Crô adota a sua suposta prima adolescente (Mel Maia), e explica que família não é formada apenas por laços de sangue, mas que existem diversas formas de família, inclusive as que escolhemos escolhemos no coracao, e essa mensagem encerra o filme, e deixa um recado bem atual.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

O Predador (2018)

Dica de filme
“O Predador” (2018) longa dirigido por Shane Black. É o quarto da sequência. O filme de ação e suspense, tráz destaque para a ficção científica, pois os caçadores mais letais do universo estão fazendo experimentos e se aperfeiçoando geneticamente  com DNA de outras espécies alienígenas. Assim criaram uma nova espécie de predador.  O novo filme da franquia  mostra o confronto de dois tipos distintos de predadores. Pois, assim como Prometeu presenteou a humanidade com o fogo, um predador disposto a ajudar os humanos trouxe a terra algo que poderia equilibrar a balança contra os caçadores  extraterrestres. Um grupo de ex-soldados, junto com uma professora doutora em evolução genética enfrentam os predadores e ajudam a proteger um menino (Jacob Tremblay) que encontrou o equipamento de um Predador e disparou um localizador que os  traz de volta a terra. Não é o melhor filme da franquia, é mais dialogando e as tradicionais cenas de ação tem menos espaço, porém o longa abre caminho para novos filmes da sequência.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Gauguin - Viagem ao Taiti


"Gauguin – Viagem Ao Taiti" é um filme Francês de 2017, dirigido por Edouard Deluc. O filme conta parte da vida do pintor pós-impressionista francês Paul Gauguin.

Gauguin (Vincent Cassel) assim como outros pintores pós-impressionistas enfrentavam muitas dificuldades para vender seus quadros, pois havia uma grande resistência do público consumidor de obras de arte em adquirir quadros que se opunham a estética tradicional então estabelecida.

Em 1891, Gauguin deixou a esposa, fillhos e amigos na França e viajou ao Taiti, então colônia francesa, lá ele pretendia começar uma vida nova, se dedicar a pintura livre dos códigos morais, políticos e estéticos da Europa civilizada. No Taiti, Gauguin se deparou com uma vida bem diferente do que tinha imaginado, teve que aprender a conviver com a natureza, enfrentar a solidão, pobreza e a doença.

Em meio a natureza e a um estilo de vida totalmente diferente do que estava habituado na França, Gauguin conheceu a Tehura, uma jovem nativa por quem se apaixonou, ela se tornou sua esposa e tema de suas principais pinturas. O longa mostra a imensa paixão que Gauguin sentia pela arte, sua necessidade de produzir algo que fosse original.

A fotografia do filme merece destaque pois mostra a exuberância da natureza, e a imponência desta sobre os homens se opondo a paisagem urbana da cidade parisiense. Infelizmente, Gauguin morreu antes que sua obra fosse reconhecida. A atuação de Vincent Cassel da intensidade necessária a vida angustiada de Gauguin.


sexta-feira, 7 de setembro de 2018

FERRUGEM

"Ferrugem" (2018) filme nacional, dirigido por Aly Muritiba. O roteiro é uma parceria entre Muritiba e Jessica Candal . É um filme com uma linguagem jovem e atual. O longa conta a história de Tati (Tifanny Dopke) uma jovem estudante do Ensino Médio que faz uso das redes sociais, é popular, comunicativa, e está paquerando com Renet (Giovanni de Lorenzi), um garoto que estuda na mesma sala. Renet é introspectiva, fechado e fala pouco. Durante uma visita da escola ao Aquário no Rio de Janeiro, Tati que está interessada em Renet deixa o garoto olhar a galeria de arquivos do seu telefone, mas ele encontra um vídeo que a jovem gravou com o ex-namorado, porém, Tati não deixa que Renet veja o vídeo. Em seguida, Tati perde o celular e assim tem início a trama do filme.
O filme é dividido em duas partes, a primeira conta sobre como a vida de Tati se tornou difícil depois que ela teve seu vídeo íntimo divulgado nas
redes sociais. Mostrando como a escola se tornou um lugar hostil após a circulação do vídeo, forçando-a ao isolamento social, os seus pais não aparecem o que revela um distanciamento familiar. O sofrimento da jovem é levado as últimas consequências. A segunda parte dá destaque a vida de Renet, contada de forma cadente revelando aos poucos a personalidade do garoto, filho de pais separados, o jovem ainda não aceitou bem o fastamento da mãe. Mora com o pai e a irmã, e convive com o primo que tem uma personalidade que é o oposto da dele. A relação entre a primeira e segunda parte do filme podem ser entendidas como causa e consequência.
O filme trata o tema suicídio não com destaque ao ato em si, mas tratando o tema sob outros aspectos, a pressão social do grupo, a necessidade de ser aceito, a hostilidade juvenil, e sem dúvida o machismo que perpassa todos os rótulos que são impostos a Tati após a divulgação do vídeo, ao mesmo tempo em que seu ex-namorado, que também aparece no vídeo não sofre o mesmo julgamento moral. A montagem, direção de arte e os enquadramentos de câmera funcionam muito bem para contar essa história de forma original e envolvente.
O filme mostra a relação dos jovens com a internet e a redes sociais, e demonstra como a realidade virtual atualmente é tão importante quanto a própria realidade, como o aparelho celular se tornou parte do que é ser jovem e adolescente na atualidade, a necessidade de postar a própria vida nas redes sociais faz parte da necessidade de ser reconhecido como individuo e ser aceito pelo grupo. Apesar de mostrar os efeitos nocivos da internet o filme não se opõe as redes sociais, mas alerta sobre as consequências do seu mau uso.
"Ferrugem" é um filme intenso e desmistifica a ideia que o suicídio é a ação livre e voluntária de um individuo, pois de forma bem didática revela como o bullying levado as últimas consequências pode ser devastador. O longa foi (merecidamente) o ganhador do prêmio "Kikito de Ouro" no festival de Gramado 2018.

Uma Noite de 12 anos

“Uma noite de 12 anos” (2018) filme de Álvaro Brechner. Uma  produção Argentina, Uruguaia e Espanhola, aborda o período em que José Mujic...